24 setembro 2021

De onde vem a Intuição?

 in "Equanimidade - Sentir Paz num Mundo em Revolução", p.115


Desenvolvimento da intuição


A intuição é uma habilidade natural que todos os seres humanos possuem e que gera a percepção espontânea das conexões subtis não compreensíveis para o intelecto.

Então, a intuição é um instrumento de percepção tal como a mente consciente, o intelecto, os sentidos, e o sentir do coração, que coexistem no ser humano como recursos para apreender e compreender o real, aquilo que é, quer no plano físico, quer nos planos subtis da matéria. 

A intuição permite que a nossa visão se expanda para além da pura racionalidade e possamos compreender as conexões ocultas e, assim, aceder a uma compreensão mais profunda daquilo que é. Consiste num insight ou inspiração que acontece num curto lapso de tempo, como uma janela que se abre e permite ver com clareza aquilo que é, obtendo-se assim explicações, orientações e avisos. O processo da intuição é espontâneo e não pode ser explicado pela lógica.

Quando produzimos os pensamentos, podemos descrever a sequência de associações de ideias, ou encadeamento, que por um processo lógico, ou seja, de raciocínio coerente, nos levou a estabelecer relações entre coisas e a concluir. Contrariamente, a intuição consiste num momento de perfeita clareza de visão e não num processo que possa ser explicado passo a passo. Se conseguimos explicar uma intuição, é porque não o é.

De onde procede o conhecimento trazido pela intuição? Podemos dizer que vem dos níveis subconsciente (memória pessoal não acessível à mente consciente) e inconsciente (memória colectiva da humanidade), mas também do Akasha Chronicae, o registo etérico do que foi, é e será, uma espécie de biblioteca universal à qual acedemos em momentos de conexão com o nosso Espírito infinito.

É possível obter informação do Eu Superior por exercício da nossa vontade, e não apenas de forma espontânea e não controlada. Para esse efeito, temos de entrar em estado meditativo e assegurar a não interferência da consciência egóica. <Meditação

Quando estamos profundamente ligados ao nosso Eu Superior, essa ligação passa a ser estável e constante, razão pela qual os insights se tornam eventos regulares na nossa vida. Passamos a experimentar, ainda, uma sincronicidade natural ou sintonia, sem esforço, em que a ocorrência dos eventos se dá de forma feliz ou benéfica sem que tenha sido planeada conscientemente.

Se queremos desenvolver a intuição, temos de dar atenção e crédito aos nossos sentimentos profundos, caso contrário, ela permanece bloqueada pelas dúvidas corrosivas da mente categórica.

Aqui ficam algumas orientações para desenvolver a intuição:

Procurar a verdade com sinceridade;

Nunca forçar o processo - não controlar nem o momento nem a forma;

Saber que as respostas só vêm quando estamos prontos;

Praticar a atenção diariamente.

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Comentário a 23.09.2021: 

Hoje vi um vídeo do Gregg Braden a falar sobre uma importante descoberta: o coração tem "cérebro" também e existe a possibilidade de ligação entre essa estrutura pensante do coração e o nosso cérebro dando acesso ao conhecimento intuitivo quando assim queremos ou dele precisamos.

Curiosamente, conforme podes ver no excerto do livro acima, explico essa possibilidade de acedermos à intuição quando queremos. Esta informação que transmito não foi recolhida de nenhum autor, resulta daquilo que descobri por mim e que tenho experiência prática. Fiquei feliz por ver que a ciência chegou lá, é meritório. Porém, os povos antigos já o sabiam, como refere o Gregg Braden, o que comprova que existem outras formas de aceder ao conhecimento que não o tipo de investigação científica que os povos ocidentais tendem a considerar "única fonte segura do saber", apesar dos muitos enganos, contradições, avanços e retrocessos, próprios dos processos humanos limitados à sua dimensão terrena.

Gregg Braden - Our heart contains something incredible



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