10 dezembro 2014

Preparação para viver o Natal

(Mensagem por inspiração do Mestre Mahavatar Babaji recebida a 28.11.2014 por Ana Isabel Freitas)

Saudações! Exultamos de alegria quando vos vemos reunidos com tão nobres propósitos!
Até que o ano se conclua, há muito trabalho a realizar. Pedimos a todos os que estejam dispostos que orem diariamente para a transmutação da negatividade no Planeta Terra.
Antes das vossas orações/meditações, façam exercícios de limpeza, usem os mudras[1], os mantras[2], os exercícios de respiração e os kriyas[3].
Invoquem a presença da Luz, a Nossa presença, os Mestres ascendidos e a Divindade nas Suas múltiplas formas e na forma Una.
Cada oração/meditação, façam-na com elevação, com concentração. Sabemos que é difícil concentrarem-se, mas é essencial para que o efeito do vosso trabalho não seja fraco ou nulo. Haverá frio, dores, pensamentos, ruído. De tudo, tendes de vos abstrair.
Preparem bem as condições, usem mantas, almofadas; desliguem os aparelhos, usem aquecimento, reduzam a luminosidade, purifiquem o espaço com velas e incenso, tragam boa energia com as flores, uma só é suficiente.
Quando sentirem a quietude instalar-se, aí já podemos estar próximos e comunicar.
Haverá sinais que vos indicarão os resultados do vosso trabalho, isto para que aumentem a vossa fé e nunca desacreditem. Um arco-íris, um raio de sol entre nuvens cinzentas, o vento que amaina, o mar que se acalma, o cão que deixa de ladrar, os pássaros que cantam ou que se aproximam, a chuva que acalma ou pára, um suave calor que enche o espaço, um som que ressoa no espaço… Coisas como estas, simples, mas sinais claros da Nossa Presença e da recepção dos vossos pedidos…
Esperamos de vós a humildade de aceitar o que quer que aconteça. Cada manifestação de revolta e de desagrado é um passo atrás.
Quando venha o desalento, queridos filhos, sabemos quão difíceis são as condições em que trabalham, quando venha a decepção, parem tudo o que fazem, elevem a vossa consciência ao Alto, sintam a Luz Branca descendo sobre vós, Branca e Dourada, até acalmarem. Depois envolvam-se no fogo de Luz Violeta para queimar todas as impurezas e transmutar a negatividade.
Evitem os estados negativos que rapidamente consomem a vossa vitalidade. Isto, e os momentos dedicados ao trabalho luminoso são o vosso melhor resguardo.
As hostes angélicas estão em guarda, em alerta máximo para vos socorrer, é só pararem, concentrarem-se e pedirem.
Visitem os vossos templos e santuários e encham-nos de luz, de oferendas e de preces, de esperança e de fé. Esses belos faróis irradiarão para todos!
Na celebração do Natal, sede comedidos na comida e na bebida, investi na beleza e na harmonia do ambiente, na paz e na alegria serena. Cantai cânticos de louvor, mantras, espalhai essas vibrações por onde andais.
Ensinai as crianças a cantar e deixai que elas cantem as canções que já conhecem, que encenem autos de Natal. Brindai-os com presentes que não sejam excessivos, antes sejam significativos. Dai-lhes abraços, beijos, muito carinho e amor! Que seja o seu Natal mais caloroso.
Abençoai a comida antes das refeições, que todos participem na bênção com compenetração. Façam orações espontâneas, atos de gratidão são necessários.
Em tudo o que fizerdes, senti a Nossa Presença e invocai-Nos constantemente. Vesti a armadura de Luz que é a única que vos protege do caos, da dor e da depressão. Ser feliz não é uma possibilidade aleatória, é o resultado de uma decisão consciente, de uma opção, de uma escolha feita e consumada.
Ponde um sorriso nos lábios assim que desperteis e que ele permaneça convosco até que vos deiteis.
Para aqueles que assim fizerem, rios de amor fluirão dos Céus para os seus corações abertos. Esta é a nossa promessa para todos os que crêem e agem.
Que este seja o vosso melhor Natal! E que de ora em diante sejam ainda melhores!
Bhole Baba!
Eu Sou! O Pai é convosco!





[1] Na Ciência do Yoga - Selo, gesto magnético que redirecciona o fluxo energético num determinado sentido, com determinada finalidade.
[2] Na ciência do yoga – palavra sagrada, oração.
[3] Na Ciência do Yoga - Exercícios de purificação energética.

11 novembro 2014

Os sinais - compreensão que se aprofunda

(Em 11.11.2014 escrito por Ana Isabel Freitas)

O desassossego só acontece quando não estou em sintonia com o Pai. Esse é o modo d’Ele chamar-me para Si!
Quando tomo o rumo certo, a decisão adequada, mesmo que seja uma decisão que considero poder ser dolorosa, fico rapidamente em paz, sinto-me próxima dEle e a Sua presença é sempre reconfortante. Junto dEle só pode haver paz.
Assim, hoje, nenhuma decisão é verdadeiramente difícil. Se há a consciência da justeza da decisão, não há bem-estar, enquanto a decisão não é efetivamente tomada.
Quando o meu lado humano me puxa à Terra, quando eu fico mais distante do Céu, o Pai comunica comigo através dos seus inúmeros mensageiros, colectivamente, denomino-os “a Vida”. São os “sinais” que vamos recebendo através das pessoas, da Natureza, dos eventos, das circunstâncias particulares do que acontece. Não incluo aqui os sonhos, opção pessoal fundamentada na experiência, pois os sonhos mais facilmente são influenciados pelos nossos processos subconscientes ou mesmo pelo inconsciente pessoal ou colectivo, ou até por energias que possamos ter deixado aproximar.
Quanto aos “sinais” que vêm através das pessoas, atendo sobretudo àquilo que nelas é inconsciente, ou seja, não ao que as pessoas me querem transmitir, mas àquilo que sinto que me transmitem, que está para além da sua vontade, agindo elas como instrumentos do destino que se quer revelar a mim.
Na nossa “inconsciência”, todos somos instrumentos do Desígnio Maior e, essa, é a beleza da Vida: descobrir/discernir esses significados que se ocultam numa linguagem feita de símbolos que enriquecem a Vida com a magia do mistério, do subtil, do etéreo.
Sobre o que as pessoas querem transmitir-me conscientemente, ouço e uso  de forma muito diferente, consoante a percepção que tenho da lucidez inerente à própria pessoa.
Sinto-me uma criança inocente a brincar no jardim da Casa Paterna, sob o olhar atento da Mãe que me cuida e sob a protecção imanente do Querido Pai que concebeu e fez existir esse jardim protegido, com cercas leves, plantas inócuas, erva macia que amortece as quedas de quem aprende a andar – cada detalhe, a expressão do Amor desvelado do Pai.

Em profundo agradecimento aos meus Pais Celestes J

15 julho 2014

A desatenção que pagais caro...

(Mensagem por inspiração do Mestre Babaji recebida a 06.07.2014 por Ana Isabel Freitas)

Queridos filhos!
Estai atentos, sede pacientes, controlai os vossos impulsos, sobretudo na agressividade, mas mesmo nos impulsos que possam parecer benéficos, pois aí se esconde o poder da sombra.
A fera sedenta de sangue incita todos à batalha, à luta fratricida que vira irmão contra irmão. Ações contra-natura são todas obras de Satã.
Evita todo o tipo de mal-entendido! Não interpretes negativamente as palavras, os gestos dos teus irmãos queridos, aqueles que dezenas de vezes, senão centenas, já te revelaram o seu amor. Compreende pelo entendimento do coração e, se mantiveres, o coração puro, ele te revelará a Verdade.
Perdoa qualquer má palavra e, sobretudo, quando não for seguida de maus comportamentos, mas de arrependimento. As forças trevosas estão atentas e, em qualquer descuido, qualquer mínima falha, eles penetram para, sem dó nem piedade, minarem a confiança, abrirem a brecha da suspeita, da má vontade e do rancor.
Por mais coisas que aconteçam e sintas negativas, se tu próprio meu filho estás sempre a pensar negativo sobre os outros, é porque tu te estás a deixar contaminar. Pois só podes ser vítima das tuas próprias ações, pensamentos e sentimentos.
Quando não tens responsabilidade sobre a negatividade que te possa envolver, sabes aceitar e ser misericordioso e compassivo, porque esses são os sinais daquele que abraçou a grande missão, ser Portador da Luz que dissipa as trevas.
Pacifica-te constantemente com tudo e com todos.
Cuida o teu sistema nervoso que, para todos os seres humanos, neste momento, invariavelmente, está em sobrecarga. Usa produtos naturais e evita a todo o custo substâncias químicas que só deves usar em caso de risco maior e pelo tempo mínimo necessário.
Meu filho, eu te alerto, se chegas a usar químicos (no sentido de depender), é pela falta de trabalho na Luz, é porque tens andado desatento e desleixado não cuidando da vida do espírito. Abres a brecha e, como já te disse, as trevas de imediato aproveitam a oportunidade.
Todos os sistemas humanamente criados, grandes sistemas nacionais e mundiais estão infetados pela energia da Besta. Não confies e não te envolvas neles e com eles sem a consciência do que isso significa.
Toma a tua cura nas tuas mãos, busca a solução natural, busca os profissionais com ética. Não ponhas a decisão nas mãos de ninguém. Purifica o teu coração pela oração e pela meditação. Dá bom alimento e descanso ao veículo corpo-mente e depois confia nas respostas que dá o teu coração, quando fazes o silêncio.
Vela pelos teus filhos e crianças da Terra que são filhos de toda a vossa Humanidade! Não deixes a sua educação por conta do Sistema. O Sistema não acolhe a criança nem a respeita como ela é, a criança reage mal ao Sistema e o Sistema procura neutralizar a criança pela via dos químicos que passam a ser-lhe ministrados. E tudo isto com a vossa aceitação e cumplicidade como pais. Não vedes que a Besta quer seres obedientes e servis? Adictos às drogas e para sempre consumidores dos produtos que enriquecem aqueles que dirigem o Sistema. Estéreis para que a sua reprodução seja controlada. Não-pensantes para que não ponham em causa o Sistema que os aprisiona.
Filhos do Meu Coração, estais tão desatentos! Tantos assuntos em que reflectir e gastais o vosso tempo em distracções e em superficialidades! Como quereis que a vossa vida melhore?!
O futuro da Terra é responsabilidade de cada um de vós! De mais ninguém, mas de ti mesmo. Desperta e salva-te! Salva os teus irmãos e salva a Terra!
Se Me ouves, é porque já tens a capacidade de agir conforme te indico. Não esqueças as minhas palavras. Que a minha mensagem se inscreva com letras de fogo no teu coração! Sê corajoso e age! Mostra-te digno da tua condição de Ser Humano, de portador da chama Crística, de Filho do Eterno!
Envio-te o Meu Amor e dou-te a Minha Paz,
Bhole Baba (Simples Pai)
Eu Sou Aquele que representa o Pai


09 julho 2014

Apelo da Mãe (escutemos!)

(Mensagem por inspiração da Mãe Divina recebida a 9.7.2014 por Ana Isabel Freitas)

O Meu doce Coração derrama sobre vós leite e mel… As Minhas lágrimas purificam os vossos corpos e as suas memórias… Ocupo-Me de vós filhos que Me amais e filhos que não Me amais. Não tendes desculpa para o vosso desleixo, a Vossa Mãe não vos despreza, não vos abandona e ama-vos eternamente. Esses são os compromissos da Mãe, as responsabilidades da Maternidade.
Estou convosco dia e noite, no caminho, passo a passo, e Eu Vossa Mãe Divina humildemente vos peço, vinde para o bom caminho, instruí-vos na Luz e vivei em Amor, pois vos peço que não desgosteis o Pai Celeste.
O Meu Coração sofre quando não posso dar boas-novas de vós ao Pai, pois Ele não merece ser rejeitado por vós, depois de todo o Amor que derramou em favorecer a vossa Creação, em dar-vos a Chispa Crística para que possais progredir.
Então, peço-vos por Ele, o Pai Celeste, e não por Mim que Me sujeito de boa vontade a acompanhar-vos, porque Meu é o papel de Mãe e Minha a responsabilidade de vos proporcionar a melhor orientação.
O Pai em Mim confiou e, por isso, Eu também em vós confio, cuidando continuamente do vosso despertar e da vossa educação na Luz, no Amor e na Fé.
A todas as Minhas filhas mães na Terra faço este apelo especial, amai, amai, amai os vossos filhos e ensinai-os a amar a todos como irmãos. E vós queridas almas sereis as Minhas Hostes Luminosas em serviço na Terra. O poder de criar está em vós, o poder de salvar está em vós!
Bendito é o Pai do Céu e bendita é a Sua Longanimidade!
Eu Sou a mãe Divina.



15 junho 2014

O Plano de Deus e as tuas interferências

(Mensagem por inspiração de Mahavatar Babaji recebida, a 11.05.2014, por Ana Isabel Freitas)

Se no teu dia-a-dia observas o Sol, O cumprimentas, Lhe agradeces, te ligas a Ele com amor, a tua conexão com Ele é forte e, logo, o que precisares dEle, Ele te dará.
Todas as vezes que, do meio das nuvens, surgiu um Raio de Sol para te cumprimentar para te aquecer, iluminar, dar um alento, foi o Divino que se manifestou para te revelar como actua e saberes que o canal está aberto e podes usá-lo.
As forças chamadas “naturais” são naturais porque são as Forças Divinas em acção no mundo respondendo, obedecendo sem condicionamentos às Leis da Creação. E essas Leis, na realidade, não são “leis”, no sentido impositivo, são a ordem natural que expressa a Harmonia Divina e a força harmonizadora do Divino Pai. Por isso, elas atuam sempre para trazer o equilíbrio e a ordem e harmonia divinas.
Lembro que, nada existe fora do Corpo de Deus e nada pode escapar ao Seu poder magnético. As forças naturais expressam o divino e obedecem, não por submissão, mas por “reconhecimento” da autoridade do Creador. Assim, deves tu também obedecer-Lhe, por reconhecimento e sem qualquer contrariedade, na medida em que essa contrariedade é sinal de insubordinação e, logo, polui o teu gesto, pensamento e sentimento.
“Sê manso e humildade e entrarás no reino de Deus” (Jesus). O grande enviado do Pai que tão bem explicou o caminho! Não te revoltes, não te rebeles com a Vida, com os acontecimentos, pois “ a Justiça do Pai é perfeita”.
Das Suas Divinas Mãos, aceita tudo sem deixares que a mente interfira e escolha.
Com que critérios escolhes tu? Com os condicionamentos que configuram a tua mente. A mente que é produto do ser social que és, a mente que é toda a sociedade, mundo envolvente, pessoas, instituições sociais, conceitos e preconceitos profundamente humanos.
Como ir além da mente, quando te apoias nela? A meditação é essencial.
Ao meditares, vais para dentro, onde não precisas da mente. Diz-me, usas um mapa para te orientares dentro de casa? E se não tiveres luz eléctrica e for de noite, não consegues orientar-te? Pois se embates nas coisas que tu mesmo lá colocaste é porque não o fizeste com atenção e a tua desorganização revela-se e prejudica-te. Organiza-te, sê atento e disciplinado, “toma conta de ti”, da tua casa que é o reflexo de ti mesmo.
Ao meditares vais para dentro, onde podes desligar da mente e fazes um “bypass” (passagem direta), ligando directamente ao Divino, à expressão, em ti, da Presença, para além da mente.
E no que toca à acção, quando a tua acção é meditativa e tem, portanto, a qualidade da espontaneidade e da naturalidade, fazes essa ligação direta ao cérebro e, então, usas o teu intelecto e as tuas mãos, que são prolongamento natural do teu cérebro, e a tua voz que é o veículo da tua expressão por excelência, e executas o Plano Divino, em harmonia perfeita com os desígnios do Creador.
Por isso, o Mestre Omraam Mikhael Aivanhov falou na “Religião Solar”… a ligação direta com as forças naturais que são o sangue, a linfa, a respiração do Universo e, logo, a Vida Pura de Deus, sem interpretação limitada e sem condicionamentos do ser social.
E aqui tens outra forma de explicar o Plano de Deus e de te revelar como a mente humana interfere no Plano Divino trazendo infelicidade e sofrimento.

Jai Jai Sri Babaji! Grata! Com Amor!

18 maio 2014

O Caminho

(Texto de Ana Isabel Freitas, 17.05.2014)

“O Pai e Eu somos Um” (Jesus)
Jesus chamou-nos a todos irmãos, assim “O Pai também está em mim”, é o que me diz Jesus - O Cristo.
Procuro o Pai dentro de mim e sinto-O no silêncio profundo da minha meditação. Mesmo que ainda não O veja, sinto-O!
Não O posso ver numa só coisa, num só lugar, porque Ele está verdadeiramente em todo o lado.
Apenas precisava senti-l’O em mim! Traz-me conforto, cura-me, purifica-me, orienta-me e depois protege-me no Caminho em que me iniciou. Esse é o Caminho abrigado, aquilo que Ele designou para mim e que faço na majestosa sombra de Seu filho – O Cristo – sob o olhar vigilante e amoroso da Grande Mãe.
Não é possível sentir-me sozinha, se no Caminho divino sigo. É o Caminho e é o abrigo! O abrigo está no Caminho daquele que vigia e ora e não se deixa adormecer. Nem a noite é momento para deixar o Caminho, pois na noite também caminho e nela também preciso de abrigo. Caminho no corpo de anjo que também sou eu, que nada sou senão Ele.
“Eu sou o Caminho, a Verdade e a Vida” (Jesus)
Na vida verdadeira não há senão o Caminho!
Apenas no Caminho te reencontras com a Vida e te reaproximas da Verdade.
Tudo o que fazes fora do Caminho é perder tempo, sofrer porque te iludes e desiludes, te apegas, te embrenhas na escuridão da alma que se perde de si mesma e se esquece de que o Pai é, nela.
Há muitas veredas por onde te podes perder, mas apenas o Caminho onde podes viver.
Se nelas andas perdido, porque insistes em te perder? Porque tomas gosto pelo efémero, quando sempre te há-de faltar? Porque te agarras ao galho seco que sempre se há-de quebrar?
A tua perdição é enquanto não te cansas de, em vão, procurar nas vielas obscuras da não-vida, luz para te orientar.
Quando te cansares dessa teimosia que te faz sofrer, abrirás os olhos e só a Luz haverá para ver! E saberás que, todo o tempo, ali esteve a Luz do Caminho, enquanto te perdias e tropeçavas dentro da tua própria casa que mantinhas às escuras e em desalinho.
Acorda irmão, que tenho saudades de ti!

O meu Mestre silencioso... A Vida!

(Texto escrito por Ana Isabel Freitas de 5.5.2014)

Há um Mestre silencioso que me acompanha… A Vida!
Quando me decidi segui-l’O, tudo passou a fazer sentido.
Onde encontra-l’O? Ele está aqui, agora, aí, agora. Ele está para todos, sempre.
Como segui-l’O? Jesus disse: “Eu sou o Caminho, a Verdade e a Vida” e disse, também, “Deixa tudo e segue-Me”. Se Jesus é a Vida, segui-l’O é seguir a Vida. Logo Jesus explicou o Caminho… E em que consiste seguir a Vida?
É simples de explicar, consiste em desistires de querer seguir a tua vontade, os teus planos e passares a aceitar o que a Vida te traz e te indica. É calares o teu ego e seguires o Mestre silencioso.
Tenho lido e tenho ouvido palavras de Sabedoria, mas ninguém me ensinou melhor e mais do que a Vida.

Como observar a Vida? Está desperto, atento, receptivo e aceita tudo o que acontece como o melhor para ti. Confia incondicionalmente na justiça divina e segue a Vida. Só poderás chegar ao único destino para onde a Vida te leva: à Verdade!

26 abril 2014

Quando o Mestre inspira

(Mensagem por inspiração de Mahavatar Babaji recebida a 10.04.2014 por Ana Isabel Freitas)

O Mestre não fala, inspira. O Mestre não explica, mostra, ilumina o caminho do conhecimento.
O Mestre não pensa e não sente, Ele é. A Sua inspiração acontece quando nos elevamos até onde já O podemos sentir. Sentamo-nos ao Seu colo e ouvimos, vemos, sentimos o Universo a pulsar. Da morada do Mestre, Ele avista o Divino, e nós, através dos Seus olhos imateriais e da Sua comunicação sem palavras, captamos a descrição d`Aquele que o Mestre conhece.
Vibrando numa frequência mais elevada, começamos a absorver a Sua infinita, eterna, perfeita harmonia. A afinação que fazemos, sentados nos joelhos do Mestre e a visão que ampliamos é o que nos vai inspirar na Vida do Mundo. Regressamos seres diferentes, temperados pelos vislumbres da verdade, purificados na alma, na mente e no corpo que, na viagem, se libertaram mais das amarras ilusórias e do flagelo da diferenciação e da identificação com o mundo fenomenal.
Ao Avataras ou Buddhas são Seres de Compaixão que, podendo fundir-se com o Divino e não mais voltar, se mantiveram no umbral da Porta para facilitar o caminho das almas em ascensão. Por vezes, um Avatara/Buddha toma um corpo humano onde apenas parte da sua essência pode caber e manifestar-se, pode tomar vários corpos em simultâneo, e traz o Divino ao plano terreno para abrir o caminho de ascensão para muitas mais almas, até então, errantes e desorientadas, demasiado enredadas para se libertarem.
Os Avataras escutam os apelos das almas que não pedem só pela sua libertação, mas pedem muito pela libertação dos seus irmãos. É a compaixão humana que, por sintonia, atrai a presença mais próxima do Buddha de Compaixão.
Por isso, irmão na Terra, faz o teu caminho de ascensão, mas não te isoles e continua consciente dos apelos abertos ou velados das almas tuas companheiras que ainda são pouco afortunadas. Não te cabe a ti fazer mais do que podes por elas. Porém, leva contigo o seu grito de socorro e coloca-o aos pés do Mestre.
Na Terra, sempre que invocares o Mestre para que possas ajudar uma alma em sofrimento, Ele manifestar-se-á em apoio da tua ação. Não é por ti que deves pedir. Se crês no Creador, sabes que vela por ti constantemente. Podes pedir forças e iluminação para melhorares o teu trabalho, apenas isso. Tudo o mais vem por acréscimo do trabalho que fazes ao serviço do Divino.
Quando observares os teus irmãos caídos, não os critiques, pede luz para eles e o teu pedido valerá por infinitas orações que eles próprios façam. A chave da libertação de cada alma é depositada nas mãos da alma-irmã, para que quando uma alma se feche em desespero e descrença, outra a possa socorrer. Depois, o caminho é responsabilidade da alma liberta.
Deus creou cada creatura à sua imagem e semelhança, livre para autodeterminar o seu caminho. Porém, tal como Ele é indissociável das Suas creaturas, elas também são indissociáveis entre si. O caminho de cada uma delas só se faz em colaboração com as outras. Não vale a pena querer chegar primeiro, pois é preciso libertar o último para que o primeiro e os outros avancem.
O caminho é sempre o da colaboração. O caminho exige paciência e compaixão. Trabalha essas virtudes, irmão, para podermos regressar todos e, ainda hoje, cear à mesa do Pai.

10 abril 2014

A nau do desapego rumo à Vida Maior

(Texto escrito por Ana Isabel Freitas)

Era uma vez uma nau que amava a sua liberdade acima de tudo! Tinha sido construída por mãos fortes e calosas de homens que sonhavam com viagens e aventuras. Os sonhos destes homens haviam dado belas formas à nau e forjado também a sua personalidade aventureira e livre.
Tão nobre embarcação merecia um comandante à altura e veio o Senhor Capitão.
Depois, vieram os marinheiros, homens um pouco rudes e brejeiros sempre enérgicos e animados, prontos para uma nova partida. A sua irrequietude fazia com que se cansassem rapidamente das poucas distracções que lhes ofereciam os portos de passagem. Eram bons trabalhadores e, por isso, o seu capitão os ouvia e abreviava, por vezes, a paragem no porto, quando todo o trabalho de carga e descarga estava concluído.
Acontecia, por obra do destino, que a manhã da partida era sempre uma manhã clara e serena em que o próprio ar era cintilante e o céu parecia lavado de fresco. Era sempre um dia de animação na azáfama dos últimos preparos.
E, mais de uma vez, acontecera terem de voltar a atracar porque na ânsia da partida um caixote ficara em terra ou o imediato, que auxiliava o capitão, contara mal as cabeças a bordo e alguém berrava desesperadamente na ponta do cais.
A nau avançava e recuava divertida com a excitação dos homens que pareciam crianças irrequietas e barulhentas. Atropelavam-se para executar as tarefas como uma tropa pouco disciplinada.
O capitão olhava-os com carinho de pai e, nesses momentos, não lhes ralhava. Com o seu olhar arguto de velha águia, observava atentamente as manobras de atracagem e de partida para que a sua preciosa nau não fosse ferida. Porém, os homens estavam atentos e eram cheios de perícia pelo amor que tinham à sua casa itinerante.
Os primeiros dias no mar eram pacíficos e ordenados. A rotina parecia trazer sossego aos homens cujas mentes estavam focadas no serviço e os corações apaziguados sem grandes desafios, quais monges recolhidos ao mosteiro, ocupados nas lides diárias e na contemplação do mar. As suas personalidades mudavam, os seus gestos eram precisos e sem pressa, o seu discurso perdia as interjeições grosseiras e limitava-se ao necessário, como se perder as palavras fosse perder as forças de que tanto precisavam para as árduas tarefas. E executavam com dedicação todas essas austeridades com profunda gratidão pela vida que Deus lhes dera.
Antes das refeições e ao final do dia, nunca faltava o momento de oração e de agradecimento orientado pelo Senhor Capitão que, fardado a rigor, instruía os seus homens nas coisas do espírito. Lia-lhes passagens bíblicas e histórias de santos, rezavam as orações que o capitão escrevia nos seus momentos de descanso e de contemplação.
Era um homem inspirado e todos o admiravam e estimavam como seu Mestre e pai. A sua presença tornava a vida na nau uma aventura de crescimento, o seu forte carisma perfumava o ar e lançava um feitiço de acalmia que transformava homens rudes em homens sensatos e sensíveis, aptos ao trabalho na terra e no mar e aptos ao trabalho do Céu.
Não havia nau como aquela! Cada aprendiz de marujo que se estreava a bordo era um filho que renascia para aquela vida plena de significado, era um homem abençoado e escolhido.
Quando o capitão assim sentia, chamava o marujo para uma conversa e, terminada a sua formação, o capitão sugeria que regressasse a casa para poder formar família e experimentar outra profissão. Pedia-lhe também que ensinasse tudo o que aprendera, porque poucos sempre são os homens dedicados que executam o grandioso serviço do Pai.
Com alguma tristeza indisfarçável lá ia aquele marujo, mas o seu coração estava cheio de gratidão e por isso não havia revolta. A magia da gratidão e de compreensão removia o apego do coração dos homens que, maduros, compreendiam que a escola não é toda a vida, que ela prepara para a vida.
Na nau, era necessário ser aplicado e disciplinado, era preciso saber obedecer aos superiores e colaborar com todos. No entanto, a presença forte e orientadora do capitão tornava a vida fácil, organizada e previsível. As dúvidas prontamente esclarecidas, a orientação sempre presente.
Por tudo isto, o sábio capitão “mandava” os seus marujos regressar a casa, ou seja, ao palco da vida onde poderiam mostrar o que valiam por si mesmos e colher os frutos da aprendizagem feita. Eles seriam homens de uma qualidade diferente. Pelo menos, assim acreditava o Senhor Capitão, consciente do bom trabalho feito.
Por vezes, vinham notícias dos “irmãos regressados” e, esse, era dia de festa, quando à hora da refeição vespertina o capitão lia as cartas que se assemelhavam a contos, cheias de peripécias familiares e laborais. Frequentemente, vinham fotos das mulheres e dos filhos, do casamento do marujo e de outros eventos importantes no historial familiar.
E, não raro, vinham notícias de um marujo que encontrara sentido numa vida retirada de pastor de gado, faroleiro ou, imagine-se, monge! A vida na nau despertava as almas adormecidas e, para alguns, a busca do Divino, era imparável e urgente.
Depois de uma quinzena em alto mar, os homens acusavam algum cansaço e irritabilidade. Era hora de os aprimorar nas letras e nos números, de desenvolver os seus intelectos e a sua capacidade de expressar. Alguns resistiram por algum tempo, acabando por render-se perante as incitações certeiras do capitão-professor.
O capitão dizia em jeito de brincadeira, mas muito a sério, que escolhera capitanear a nau para poder ser professor dos melhores e mais atentos alunos. Tal afirmação deixava os seus pupilos inchados de vaidade. Homens simples e rudes, feitos quase doutores! Sim, doutores na mais importante arte, a de viver uma vida sã e plena de significado.
Assim era, a nau-escola, que se fazia ao mar, abrindo novos rumos e horizontes com a ligeireza que sulcava os velhos mares sempre renovados…

Algures na tua vida, surge um capitão-professor que te orientará para que encontres a Vida Maior. Não percas o seu ministério, isso seria como dormir, quando o sol brilha e despertar nas trevas profundas, para nunca conhecer a multicolorida e bela Vida!

21 março 2014

Segredos desvendados

(Texto de Ana Isabel Freitas)

Para os antigos Judeus, pronunciar o nome de Deus era tão sagrado que o som dos Seus nomes era secreto e a sua vocalização era uma possibilidade limitada aos altos sacerdotes.
Na Índia, os mantras eram ensinados na tradição oral, de mestre a discípulo e muitas vezes em segredo, apenas para uso do próprio.
Inicialmente, um dos mantras mais sagrados, “Om Namo Narayanaya”, foi ensinado em segredo de mestre a discípulo, pois pronunciar o nome do Divino trazia a Libertação, até que um discípulo muito compassivo ensinou-o a todos, para que todos pudessem salvar-se, libertar-se da ignorância e da prisão da mente e dos sentidos. Ao fazê-lo, demonstrando tamanha compaixão e bondade, o seu Mestre reconheceu-o como Mestre e tornou-se seu discípulo.
Hoje em dia, vemos como muitos conhecimentos secretos, tal como as técnicas de Kriya Yoga, estão acessíveis a todos os que se interessem.
É um sinal dos tempos… Se o Divino permite que os caminhos que levam a Ele se descubram, que as “brumas de Avalon” se levantem e todos possam aproximar-se do Sagrado, então, não existe mais desculpa para os seres humanos adiarem o seu crescimento.
A disponibilização da informação tem um preço, a responsabilidade da escolha de usá-la ou desprezá-la. Desprezar o Sagrado, não pode ter um resultado positivo.
Digamos que, a Humanidade está a receber dispensações especiais para progredir rapidamente na elevação do nível de consciência, logo, aqueles que estão encarnados hoje têm uma responsabilidade maior quando descuram o caminho espiritual.

O trigo está a ser separado do joio, o fosso entre os seres humanos que avançam e os que regridem é cada vez maior. Quando o grão e a palha estiverem bem separados, a remoção da palha será feita e apenas ficará o grão. O destino da palha é arder ou apodrecer. Apenas o grão poderá germinar em Nova Vida.

14 março 2014

Porquê orar?

(Texto escrito por Ana Isabel Freitas com a inspiração de Mahavatar Babaji a 11.03.2014)

Quando pensamos e desejamos orar, é um sinal positivo de discernimento.
Aquele que quer orar compreende que tem desafios difíceis os quais não pode superar sozinho. Compreende que a ajuda dos seus irmãos, ainda que útil, por vezes não é suficiente e que tem de contar também com a ajuda de “algo que o transcende”.
Orar traduz a fé na existência de algo que nos transcende, que é superior e poderoso e tem influência sobre o decurso da nossa vida. Assim, aquele que ora trabalha a capacidade de acreditar sem ver, de partilhar os problemas e as dores e de ligar-se ao Divino.
Aquele que ora sai do seu isolamento para pedir ajuda. Reconhece a necessidade de ajuda e pede-a. Este é um exercício de humildade e de persistência, não desistir.
Aquele que ora quer resolver as suas questões pendentes. Pode até nem saber como, mas está decidido a andar para a frente, procurando ativamente solucionar os problemas.
Aquele que ora pára e reflecte. Para orar, é necessário parar com todas as outras actividades e dedicar algum tempo a concentrar-se na oração. É necessário ser capaz de sair da rotina, aprender a parar e a aquietar-se e estimular em si mesmo a concentração.
A oração é uma excelente iniciação à meditação!
A pessoa que foge à oração, que não se sente inclinada a orar, dificilmente vai meditar.
Aquela que ora, pode não orar da forma mais tradicional, mas busca a ligação com o Divino e a Sua reconfortante presença.
Sem a busca do Divino e a vontade de união com o Todo, a meditação não tem propósito, pois essa união é, em si mesma, o propósito daquele que medita.
A meditação tem determinados pré-requisitos (condições a assegurar previamente):
·         Vontade e predisposição para ligar-se ao Divino (orar é uma forma de fazê-lo);
·         Remover os bloqueios do corpo, da mente, da alma.
Consequentemente, quando a pessoa começa a purificar o corpo e a mente, fica predisposta a interessar-se pela oração.
Ao remover os bloqueios do corpo e da mente, ao reduzir a tensão, os processos intuitivos tornam-se mais forte e claros, a sensibilidade às realidades subtis aumenta e, assim, o sistema corpo/mente estando mais estável, fica capaz da aventura que é “parar”: relaxar mantendo-se consciente e sentir o silêncio interior. É neste belo silêncio que a verdadeira oração acontece, a comunhão com o Divino que está sempre presente em todos os seres.
Acreditamos que há “algo superior” porque sentimos. Essa ideia vem da nossa própria experiência quando paramos, relaxamos e refletimos.
Por isso mesmo, aqueles que não têm fé precisam ainda mais de parar, relaxar e reflectir. A fé será uma consequência natural. Ninguém precisa forçar a fé, é assim que ela acontece… com naturalidade, um movimento espontâneo do Ser humano quando no seu estado natural.
A oração reflete uma atitude e é um comportamento natural daquele que está “no caminho”. Digamos que é uma marca do peregrino, do caminhante para Deus.
E, ao longo do caminho, o caminhante irá aprender a orar de formas diferentes, pois a forma como conversa, pede orientação e protecção ao Divino, vai evoluindo.
Reflita sobre aquilo que leu! É o nosso convite. E, se compreendeu que tinha algum preconceito sobre a oração, tem agora a oportunidade de libertar-se dele e de ganhar uma fantástica ferramenta para o seu desenvolvimento como ser humano: a oração.


Nota: Em breve, publicaremos no blog algumas orações!

03 março 2014

O mundo a teus pés...

(Texto escrito por Ana Isabel Freitas a 03.03.2014)

Quando sentires que estás no caminho certo, por assim dizer, nos teus carris, caminha determinado e sem expetativas. Deve bastar-te saberes que estás no caminho certo. Se assim é, que podes temer? Se nada tens a temer, porque precisas criar expectativas?
Deixa-te surpreender pela Vida! Deixa que o caminho se revele a ti porque te atreves a fazê-lo. A cada curva, a cada lomba, a cada variação no caminho, uma surpresa. Deixa-te deslumbrar pela Vida que é sempre generosa para aqueles que a ela se abrem, para os que não a temem e, antes, a vivem na plenitude da Sua energia e potencialidades.
A Vida é o presente do Eterno para ti, para todos os que sabem que são  n´Ele. A tua felicidade, alegria, realização e bem-aventurança, estão em te abrires e não em possuíres, em fruíres e não em controlares. Não persigas a Vida que ela fugirá de ti. Não aprisiones o que por natureza é livre, sob pena de ficares tu prisioneiro de tudo o que consigas aprisionar.
Porque tentas roubar aquilo que o Divino generosamente te oferece? Seres o ladrão quando podes ser o fruidor… A única condição que o Divino te coloca, para pôr a Sua abundância à tua disposição, é não a aprisionares.
Podes questionar, e será apenas essa condição? E quanto ao uso que faça dessa abundância? O Divino creou-te livre, logo és livre de a usares como entenderes. No entanto, na medida em que todos são livres como tu, todos são responsáveis pelas consequências do uso que façam.
Tudo tem um preço, o preço da liberdade é a responsabilidade. É-te sempre permitida a liberdade de fruir, de fazer, e só tu mesmo te privas dessa liberdade, quando não és responsável, é essa a Lei do karma. A acção gera sempre consequência e o responsável pela acção é aquele que usufriu da consequência. Quando esta é dolorosa, diz-se que “sofre” a consequência. Por isso Jesus disse: “Conforme semeares, colherás.” E “Quem semeia ventos, colhe tempestades, diz o povo.
A Vida é simples e justa, sê simples e honesto e compreenderás. Cursos, discursos, livros, por vezes, não são mais que desculpas para não viveres. Neles te refugias, adiando a experiência, quando só com ela aprendes. Se queres compreender, observa, abre-te à experiência e reflecte.
Deus, que é Inteligência Pura, coloca o Livro da Vida nas tuas mãos. Tu rejeitas o Livro da Natureza e troca-lo por livros feitos por seres humanos. A vida da humanidade está repleta destes absurdos que vão sendo repetidos geração após geração, porque o ser humano, que se diz diferente e superior ao macaco, vive na imitação. Dotado de consciência e inteligência, vive ao nível do intelecto e da mente e, por vezes, nem aí… vive ao nível das pulsões mais básicas que o impelem a procurar o prazer no gozo e na satisfação dos sentidos.
Que mal têm os sentidos, o intelecto e a mente? Na verdade, não têm mal nenhum, são creação do Eterno como tudo o resto e, logo, são perfeitos. O mal está na limitação que o ser humano se auto-impõe, quando se priva de usar os instrumentos mais aperfeiçoados para usar apenas as ferramentas mais rudes. Imagina um cirurgião a usar uma pedra lascada, ou mesmo uma faca ou uma tesoura, em vez de um bisturi. É assim que vivem muitos seres humanos, na era da pedra lascada quando já existem bisturis! Naturalmente, o uso de instrumentos aperfeiçoados exige o aperfeiçoamento da técnica de quem os manuseia, pelo que para usufruíres da tua inteligência, tens de desenvolvê-la através da observação, da experiência e da reflexão.
O mundo está a teus pés! Sê um rei justo em vez do ladrão ou do mendigo.
Aquele que já está no caminho fala-te, porque te ama como irmão e te quer o bem que quer para si mesmo. Ouve-o, porque a autoridade vem da experiência reflectida.

A palavra certa e oportuna, salva. 

25 fevereiro 2014

Confiar na justiça divina

(Mensagem de Mahavatar Babaji por inspiração recebida a 28.01.2014 por Ana Isabel Freitas para ser apresentada no dia 23.02.2014 aos presentes no trabalho de oração pela queima kármica)

Venho esclarecer-Vos, meus filhos, sobre a importância de aceitar plenamente a justiça divina.
Nada acontece fora do plano divino, a regulação divina é omnipresente.
O princípio Creador não controla, crea. Crea toda a manifestação e esse ato creador segue as leis do próprio divino. As Leis do Divino são a Sua própria natureza. Não são auto-impostas, quanto mais objecto de controlo! São e resultam da expressão natural da divindade.
Embora, por vezes, na dimensão em que vives, o mundo possa parecer caótico, a Creação divina não pode ser senão perfeita. Quando consegues perceber esta Verdade no teu coração, acabam-se os dramas. A aceitação de tudo é automática e já nada rejeitas. Por isso, nada do que acontece mexe com as tuas emoções.
Aos olhos dos outros, podes parecer frio, distante, egoísta, porém, só pode fazer esse julgamento quem ainda julga o próprio divino como injusto. Aquele que está iludido, aquele que ignora.
Se não deres atenção às ilusões do outro, não te deixas contaminar pela sua negatividade. Tudo deves observar como testemunha. Não te “impliques” no filme que estás a ver. Observa, reflecte, decide como o juíz cujo dever é a imparcialidade e a aplicação rigorosa e compassiva (rigor com amor) da Lei. Decide apenas na tua vida.
Cada vez que as tuas emoções se perturbam, estás na mente, a funcionar a partir da mente e receberás a fatura em negatividade que absorveste e da qual terás de te libertar.
Tu és o senhor do teu reino. Só as tuas desatenções e falhas podem permitir a entrada de intrusos e ladrões.
Sê uma fortaleza de fé no divino, na Sua justiça eterna e não terás mal de que te queixes, para sempre, tudo estará certo.
Não dês a tua atenção à deslealdade do outro e ela não te afectará.
O que os outros fazem não é da tua conta, mas se quiseres que seja, pagarás a conta com eles. Esta é a solidariedade que os humanos mais praticam. Depois, queixam-se das dívidas que acumulam.
Faz o bem e não olhes a quem. Faz o bem, porque nada sabes sobre o mal! Essa é a maior luz, essa é a maior proteção que afasta e anula qualquer energia das trevas.
Fala através dos teus atos. Usa menos e menos palavras e fala através das tuas acções que assim terão maior força e a mensagem surgirá clara mesmo na mente mais confusa e no coração mais fechado.
Quando procuras alguém que te liberte dos teus tormentos, perdes a oportunidade de livrares-te deles para sempre.
Quando ajudas alguém a aliviar um pouco a carga que acumulou, dá-lhe consciência do que na verdade acontece e ajuda-a a compreender a importância de mudar.
A melhor ajuda que podes dar a qualquer ser humano de qualquer idade e condição é a luz do teu exemplo, uma vida sábia e a força e a pureza do teu amor!
Eis as orientações que te dou, filho que me ouves, este é o manual para a libertação: moksha!
Muda os teus padrões, retorna à naturalidade e viverás na luz, mesmo na dimensão em que te encontras.
Respeita cada um dos seres da Creação, por isso deixa que cada um siga o caminho que escolhe. Não te inquietes que todos têm as suas oportunidades, não percas tu, a tua!
Para que possas viver com sabedoria, é imprescindível que desenvolvas a inteligência. Será que a tua inteligência não anda adormecida? É preciso que a testes, que a exercites. Interpreta em profundidade esta e outras mensagens que te cheguem à mão como mensagens minhas, textos dos meus discípulos e todas aquelas em que reconheças o selo do conhecimento autêntico. É para o teu crescimento, é para a tua libertação! Há palavras que corroem as grades da tua prisão Se e só Se as deixares atuar no teu coração.

Om Namah Shivayai Namaha!



Nota importante: O leitor deverá ler esta mensagem tendo sempre em mente o seu título, pois o Mestre aborda várias questões relacionadas com o tema central da justiça divina, dando excelentes orientações para podermos melhorar a nossa compreensão do funcionamento dessa Ordem Natural. O Mestre é objectivo, claro e muito sintético, nesta mensagem, pelo que cada parágrafo carece de “mastigação” para poder ser verdadeiramente compreendido e aplicado.

21 fevereiro 2014

O Tempo Divino... Esse tempo

(Texto de Ana Isabel Freitas)

O tempo divino é o tempo eterno, o tempo sem tempo… É estar, ser, fluir sem ontem e sem amanhã, no pleno contentamento de ser, da consciência de ser, de observar, de sentir, de se dar e de se abrir em plena confiança e naturalidade.
O tempo divino é de desconstrução e de espontaneidade. Esse tempo não admite “ter”, apenas “ser”, por isso não há peso. É leveza e movimento harmonioso, puro gozo.
Quando deslizo para esse tempo tão diferente e também algo familiar, há um sorriso que se instala p’ra ficar…
E quão doce é esse tempo! Produz-se o encantamento pela duração do momento que, em mim, esse tempo durar.
Esse tempo é, também, beatitude e contemplação. O Ser abre-se em flor, nesse tempo, em que mergulha e se funde. Em total receptividade, testemunha a glória da Creação (1) e, nela, participa sem ação nem omissão.
Esse tempo é puro alimento que vivifica o Ser e o mantém desperto e atuante no instante em que esse tempo acontecer.
No tempo divino, o ser é brilhante, pura Vida, una e mutante na alegria do acontecer.
O tempo eterno é o sentimento de “ser”, sem pensamento e sem vontade, sem origem e sem fim. O tempo eterno existe em mim, no Eu Sou esse tempo assim.
O tempo divino acontece quando o Eu Sou se redescobre e se liberta do pó que o encobre no tempo em que anda esquecido de Si.
Caminhando com crescente naturalidade, não podes senão reencontrar o tempo em que hás-de ficar, esquecido da tua individualidade, de regresso à única identidade que sempre tiveste: Divina!

(1)  – Creação – com esta grafia refere-se ao ato do Princípio Creador.

14 fevereiro 2014

Falamos ao teu coração

(Mensagem por inspiração recebida das Mães Divinas Saraswati e Maria a 07.02.2014 por Ana Isabel Freitas)

Amados Filhos! Sintam a vibração destas palavras que são o gesto materno que vos acolhe para sempre no coração da grande Mãe.
Eu, Mãe Saraswati, represento a Mãe no papel de educadora, aquela que fornece orientação firme para a luz.
Eu, Mãe Maria, represento a Mãe de doçura que acolhe o filho incondicionalmente e o ampara sempre. Para o filho que se volta para a Mãe, nunca há desamparo.
Juntas, as nossas presenças convosco atuam para remover os bloqueios à ação da energia da Mãe nas vossas vidas, em todas as dimensões do ser e em todas as áreas da vossa vida.
Hoje falaremos em especial ao coração espiritual dos seres masculinos.
Muitos seres encarnados no masculino confundem a energia da Mãe do Céu com a energia das mulheres com quem se cruzam e convivem. Quando estas não são verdadeiras embaixadoras da energia do sagrado feminino, os seres masculinos fecham-se à energia da Mãe Divina, assim, dificultando a sua existência terrena.
O clima de desconfiança está instalado. É responsabilidade de todas as mulheres contribuírem para remover, dissolver estas marcas e anular estes desvios. Como? Agindo, pensando e sentindo com lealdade, abstendo-se de manipulação e sendo diretas e verdadeiras.
Aos homens, recomendamos que incitem as mulheres a essa honestidade. Ponham a claro qualquer manipulação. Para tal têm de ser mais atentos e observadores. Têm de ter mais desejo de verdade e menos de acomodação.
Os homens também têm de ser verdadeiros. Não podem esperar verdade se vivem em dualidade. Saibam fazer escolhas responsáveis e não tentem reunir no mesmo saco todo o tipo de proveitos. É preciso saber fazer escolhas e ser coerente. Senão, acabam por não encontrar satisfação duradora em nada.
Agora, falamos para ambos, seres masculinos e seres femininos. É preciso saber estar em intimidade não devassadora. A intimidade exige máximo respeito. Quando o outro abre a porta do seu “lar”, do seu interior, é preciso ter respeito por esse gesto de confiança. Ao invés de soltares as palavras sem controlo, deves medir o que dizes para que não faltes à confiança que te foi dada e o para que o outro não se feche em protecção.
E para quem abre a porta de acesso à sua intimidade, é preciso que não o faça num ato de precipitação e que verifique se existem condições para fazê-lo. Se a outra pessoa deu provas de confiabilidade.
Ainda sobre a intimidade vos advertimos: a intimidade não obriga à exposição completa e obrigatória. Todos têm o direito de reservar aquilo que não têm vontade de expor. Consequentemente, não deves afrontar o outro com perguntas e sim deves aguardar que ele/ela partilhe.
Quando alguém partilha, fá-lo porque confia. Naturalmente, sabemos que também acontece por necessidade de falar. No entanto, aqui falamos pressupondo que já sois suficientemente sensatos para entender estes ensinamentos.
Voltando, quando alguém partilha, fá-lo porque confia. Se não há confiança, ambos vão ter de trabalhar para alterar essa condição.
Se o outro não confia, lembra-te que não é necessariamente porque não és confiável. A maior parte das vezes, as pessoas não confiam por causa de medos e de bloqueios próprios. Quem ama é paciente. Quem ama compreende. Essas são as maiores ajudas.
E se a paciência se esgotar? É sinal de que não se amava de verdade? Não necessariamente. Se a outra pessoa não faz o seu trabalho, não tens de esperar indeterminadamente. No entanto, não a julgues nem a acuses, partilha o teu sentimento e se tiveres de “despedir-te”, fá-lo sem zangas e sem ressentimentos.
Que qualquer afastamento seja feito sem zanga e sem rancor, antes com gratidão pelo que foi partilhado e votos sinceros de realização para ambas as pessoas.
Por hoje, muitas coisas foram ditas aos seres masculinos e femininos presentes. Se em tudo isto meditarem e se deixaram as sementes desta nova atitude germinar, seguramente a vossa vida afetiva mudará para melhor!
Sejam felizes contribuindo para a felicidade do outro!
Aum e ámen! Que assim seja!
Jai Maha Maya ki Jai!

O nosso Amor é convosco!