26 dezembro 2015

O Mestre Babaji fala sobre 2016

(Mensagens por inspiração recebidas a 21 e 22.11.2015 por Ana Isabel Freitas)

[A 21 de Novembro, O Mestre fala sobre a preparação do novo ano 2016]
Todos os anos são diferentes como diferentes são os dedos das tuas mãos.
Nada é nunca igual, tal é a Criatividade Divina, multiplicada pela criatividade de cada ser com livre arbítrio, pois desmultiplicam a Criatividade do Pai/Mãe Divino.
Um Novo Ano deve ser preparado com muito Amor. Amor por si mesmo, pelo outro, Amor por Deus que dá a oportunidade.
Inicia o processo de preparação com o teu próprio alinhamento, consciencialização daquilo que acabei de dizer e ligação coMigo e com a Mãe em mim.
Vê o belo arco-íris em frente aos teus olhos e vê como ainda tem mais cores do que é habitual! Cores que nem sabes definir, cores que só o teu coração conhece! Não restrinjas as cores do arco-íris e assim não restrinjas as tuas opções no Ano Novo.
2016 é um ano 9, momento de culminação e celebração. Celebração por aquilo que tenhas alcançado nos anos anteriores e em consequência desse trabalho acumulado. Então serão no mínimo 9 cores as do teu arco-íris! Em 9 aspetos te terás desenvolvido e crescido; 9 foram as oportunidades que tiveste de progresso espiritual ou seja “integral”. 9 é o número da Trindade Divina multiplicada por si mesma, então, é o número da totalidade do potencial criativo e representa DEUS, a TOTALIDADE.
Em 2016, é esse sentimento que deves cultivar e experienciar. É essa ideia que deve ser o fio condutor do pensamento/sentimento/ação: compreender/realizar a totalidade. Este sentimento traz união, traz satisfação e plenitude.
Assim, durante 2016 ocupa-te de viver na prática tudo aquilo que conquistaste ao longo deste trajeto de 8 anos - trajeto de concretização (2007-2015) que culmina no ano 2016 - ano da colheita e fruição, ano de consciencialização, agradecimento e preparação para a nova partida.
A contagem dos vossos anos, sois vós que escolheis e assim escolheis o vosso destino, pois ao longo de cada ano, e na preparação do mesmo, toda a Humanidade da superfície da Terra usa o mesmo código “2016” e isso marca a vossa vida coletiva e individual.
A escolha foi vossa, Eu ajudo-vos a utilizar e usufruir da escolha feita. Para Mim o poder de cada número está presente sempre e em tudo, por isso nenhuma dessas variações faz diferença a Deus. O Vosso Pai apenas respeita as vossas escolhas, porque vos fez livres e responsáveis como Ele É.
Nas vossas ciências esotéricas ou místicas, há muita confusão entre o que é a Lei Cósmica e o que é resultado das escolhas humanas.
Voltando a 2016, iniciem o vosso trabalho com o alinhamento sob o signo da TOTALIDADE e da FRUIÇÃO DOS RESULTADOS. Se não estiverem conscientes dos mesmos procurem-nos e então avancem.
Adiante falarei do ano 2016 em termos de alertas. Neste momento, para não vos condicionar, ficamos por aqui.
Boa preparação, Guerreiros da Luz Eu e a Mãe contamos convosco!

[No dia 22.11.2015, O Mestre volta a falar no fim das orações da manhã.]
2016 será o ano da compaixão e da paciência. Para todos os que chegaram à meta, aconselho paciência para lidarem com os que não conseguiram chegar. É preciso muita compaixão para alimentar a paciência, para perdoar pelos ataques que as almas desorientadas disferem sobre as almas com luz.
Quando tu interiorizas e estás coMigo, tu sentes que chegaste à meta e que estás num belo cume, mas quando estás no mundo lidando com todos os outros, parece que não estás em sítio nenhum especial, a mesma confusão e negatividade rodeia-te. Aí, faço o alerta, lembra-te que essa negatividade está à volta e não dentro de ti, que passas pelo meio delas, mas não estás nela mergulhado.
As dores do mundo também são tuas e também sentindo as transmites, porém não te rendas a elas nem vivas delas nem para elas, pois o teu Eu já as transcendeu e vive na Luz, apenas o teu veículo corpo-mente ainda as sofre, tal como um peixe sofre com o envenenamento das águas do lago em que vive.
A minha mensagem para o novo ano é essencialmente de pacificação interior para que mantenhas o discernimento, enquanto tens de suportar o ambiente externo tão pesado. Este é inevitável e não te posso libertar dele, porque é a tua condição, quer pelo karma que tenhas, quer pela missão que aceitaste.
Filhas e filhos do Meu Coração, Eu vos estou grato pelo vosso sacrifício, Eu vos agradeço por partilhardes das dores que Me atingem, por serdes corajosos e bravos guerreiros da luz!
Sois vós que dais sentido ao trabalho dos Mestres Ascensos e das hierarquias angélicas e dos seres evoluídos de outros planetas e estrelas que vos cuidam, orientam e protegem em Meu Nome, porque todo o trabalho é feito em Meu Nome.
Neste porto de luz em que te abrigas, sê consciente da grande bênção que recebes e contribui para que ele possa abrigar mais e mais irmãos. Essa é a missão mais nobre e mais digna que te posso atribuir. Se queres colaborar no trabalho divino pela libertação do planeta Terra, pois é esse o trabalho que te dou.
Sê forte e não deixes que nada se atravesse no teu caminho, pois muitas serão as tentativas das trevas para te distrair, te afastar, te deturpar. Nem imaginas o festim que há nos infernos astrais cada vez que um dos filhos da luz se perde e se afasta do Meu rebanho. E pouco tempo depois, a alma desse ser humano entrará em grande sofrimento pelo mal que se fez a si mesma. Nesse momento, um fraco alento a faz querer voltar porém ergue-se a voz ainda forte do ego que a faz sentir enorme culpa, vergonha ou orgulho e esse fraco alento desvanece-se e a alma desiste da sua luta e entrega-se ao sofrimento que ainda mais alimenta a negatividade já tão forte que contamina os mundos astral e mental do planeta.
Em 2016, é tempo de cuidares do teu templo e do porto de luz que te abriga junto dos outros irmãos caminhantes, é tempo de fazeres render as virtudes desenvolvidas e tempo de te libertares de todos os atrapalhos. O que são atrapalhos? Tudo aquilo que te tira a tão necessária energia para o trabalho luminoso, tudo o que te afasta da serenidade e do teu abrigo em Mim. Tudo e todos os que atacam a tua alma têm de ser repelidos, não pela violência nem pela agressividade ou raiva, mas pelo discernimento, objetividade e determinação. Com determinação e forte consciência, afasta-te do remoinho que te puxa para o fosso das trevas. Filhas e filhos Meus, esses remoinhos abundam à tua volta. Identifiquem-nos com rapidez e ajam sem hesitação.
Irmãs e irmãos, ajudem-se mutuamente e tenham compaixão dos que caem, prontificando-se a levantá-los se eles vos quiserem dar a mão e aceitar a ajuda. Esqueçam o vosso ego e ajam em nome do Amor, contudo, sempre mantendo o discernimento para que não qualifiquem de ato amoroso qualquer ato motivado pelo apego ou pela disfarçada caridade hipócrita que grassa entre os mais perdidos dos Meus filhos, os falsos mestres e místicos que apenas procuram engrandecer o ego disfarçado.
2016 será ainda um ano de muita conflitualidade, o ambiente externo estará muito tumultuado. No entanto, será possível assistir à definição das almas, pela luz ou pelas trevas e muitas almas indecisas tomarão uma decisão. Deveis estar atentos e abertos a dar a mão a essas almas que retornam à casa do Pai. Não ides atrás delas, mas mantende abertas as portas do vosso abrigo para que elas, vendo-as abertas, se decidam a entrar e reconheçam o lar do seu coração e da sua alma.
É neste momento crucial, em que as águas se separam, que a tormenta parece maior. É neste momento, em que a embarcação faz a manobra mais arriscada, que é preciso cada marujo estar com a máxima atenção para não ir borda fora. Não vos assusteis, Eu sou a corda de segurança que vos mantém a bordo, meditai em Mim e coMigo e apelai para Mim e para a Mãe para terdes orientação.
Focai no vosso trabalho espiritual e fazei dele a vossa prioridade até que tudo o que façais seja em Meu Nome e para Minha Glória. Aí, estareis totalmente a salvo.
Não vos concentreis no que vedes à volta. Isso vos arrastará da serenidade para a desorientação. Não tenhais curiosidade pelas coisas negativas que deveis olhar sem deter a vossa atenção, apenas para ter consciência. E se nem necessário for, nem olheis! Assim, não perdereis a força e sereis estáveis no meio da inconstância e da turbulência. Podereis ser vistos como duros e insensíveis, não vos deixeis enganar, avaliai os resultados do vosso agir e sabereis, pois pelo fruto se conhece a árvore.
Tendes aqui as orientações que a vossa guardiã pediu que fossem dadas. Sem o pedido sincero dos corações amorosos, a orientação não pode ser vertida. Quando ela vos inspira a apoiá-la na sua ação, vede como em vós pensa e não nela. Olhai os frutos e conhecei a árvore… Libertai-vos da cegueira do ego e aprendei a avaliar com o coração e a ser gratos as todos aqueles que oferecem a sua vida para servir. Seríeis vós capazes de fazer o mesmo? Do mesmo modo que glorificais os vossos heróis das olimpíadas, com mais propósito ainda, glorificai os heróis que vos trazem a libertação! Sede inteligentes! Os filhos que Me honram são sábios, inteligentes, atuantes e destemidos! Aqueles que assim não são também são filhos… filhos perdidos.
Fazei a vossa escolha, quereis honrar-me ou ferir-me? Não há meio termo, ou a luz ou as trevas e aqueles que não escolhem, escolhidos são, pela inércia caem na escuridão. A Luz Eu Sou e Eu sou Ação, Vida!

Que a Minha Luz esteja sempre convosco! Jai Haidiakhandi ki jai!

02 junho 2015

O dinheiro: amigo ou vilão?

(Texto escrito por Ana Isabel Freitas a 15.05.2015)

“O dinheiro: amigo ou vilão?” Na verdade, a resposta está em ti. De acordo com a forma como vejas e lides com o dinheiro, ele poderá ser um ou outro…
O dinheiro não é mais que a expressão material da energia acumulada pelo trabalho.
Na medida em que o dinheiro é energia, a forma como flui, entra, sai, é ganho, gasto ou investido, obedece às mesmas leis que regem a circulação da energia em geral. A natureza da energia é circular e dar vida/gerar movimento e mudança.
Uma vez que o dinheiro - as diferentes moedas - é apenas unidade de troca, o nosso foco não deve estar no dinheiro, ou seja, a nossa motivação para fazer ou não alguma coisa, não deve ser o dinheiro.
Quando parto o pão, não penso na faca, penso no pão, mas uso a faca e tenho o cuidado de usá-la correctamente. No entanto, o meu foco não está na faca. Não parto o pão para usar a faca, antes uso a faca para cortar o pão.
As atividades que desenvolvemos e nos levam a receber dinheiro, convém que as realizemos pela sua importância, para aplicar a nossa energia em algo útil para nós e para os outros, e não com o objectivo de ganhar dinheiro.
Repara que quando fazes algo pelo dinheiro que receberás, o teu sentimento é diferente e, embora te possas aplicar na ação, fechas-te aos ganhos que são reservados à ação desinteressada.
Podes receber ou “teu” dinheiro ou não. Se o recebes consideras-te recompensado, se não o recebes ficas revoltado.
Enquanto, se não tiveres por foco o dinheiro, poderás valorizar outras “recompensas” como sejam: a consciência tranquila por dever cumprido; a gratidão dos beneficiários; o prazer de dar e proporcionar; a reflexão e a aprendizagem que sempre acontecem e, ainda, a percepção de uma compensação mais subtil e normalmente indirecta.
Alguns seres humanos crêem que a Vida é justa e que há uma inteligência maior que tudo ordena e que se ocupa das devidas compensações. Foi isso que Jesus nos quis transmitir ao dizer:
“Mas, quando tu deres esmola, não saiba a tua mão esquerda o que faz a tua direita;
Para que a tua esmola seja dada em segredo; e teu Pai, que vê em segredo, ele mesmo te recompensará publicamente.” (Mateus 6:3,4)
Uma advertência, o sistema de “compensação” não atua de forma direta e imediata, “toma lá, dá cá”. Daí que, os seres humanos ainda não preparados para confiar na justiça divina, não compreendam que essa compensação jamais falha e se ataviem a garantir que justiça lhes seja feita e recebam o mais rápido possível o seu quinhão.
Quando nos comprometemos com a nossa ação é certo que estabelecemos um “contrato” com a vida. Contudo, a vida não é o “vilão da fita” a quem temos de exigir o cumprimento do contrato. Proponho, antes, que aguardes que o contrato se cumpra, confiando na justiça divina. Faço-o, porque aprendi com a minha experiência, pela observação e reflexão. Faço-o porque sigo os preciosos conselhos daqueles que tomo por Mestres.
Os contratos estabelecidos entre seres humanos por vezes têm de ser objecto de processos legais, porque alguns seres humanos são “vilões”. Todavia, não tratemos a vida como o vilão! Se o fizermos, equivale a correr de casa os nossos amigos decentes, para ficarmos com os vilões que temos de vigiar!
Continuando… Falemos de como fixar o valor por um trabalho. O valor do esforço despendido é difícil de fixar, porque não temos acesso a toda a informação necessária para preencher as incógnitas da perfeita equação. Por vezes, há “dívidas a saldar” que implicam um recebimento de valor menor que o esperado, por vezes há “créditos a receber” que nos trazem um valor superior.
A nós, seres humanos, resta-nos agir em consciência. O esforço de fazer contas demais não compensa, nenhumas contas parecerão certas. Recomendo uma regra de bom senso que sigo: não forçar. Se em determinados momentos nos parece que o dinheiro devia ser-nos entregue e não é, depois de termos feito a nossa parte, informar e explicar, deixemos que a vida decida. Muitas vezes recebemos o dinheiro por uma via diferente da que esperávamos ou recebemos graciosamente outras coisas. As tão misteriosas compensações.
Assim, quando tiveres de colocar preço no trabalho ou quando tiveres de retribuir pelo trabalho de outrem, tem em mente o que recebes e não o que dás, para que o teu apego ao dinheiro não perturbe o teu sentido de justiça.
É importante que saibamos retribuir com gosto pelo que recebemos e não envenenemos o nosso ato de retribuir com a avareza que ainda possuamos.
Também é importante evitar receber dinheiro que é entregue de mau agrado sem efectuar a devida “limpeza”. Limpa conscientemente esse dinheiro e mentaliza luz para a consciência de quem o entrega.
O dinheiro tem uma natureza livre (é energia) tem vocação para fluir, para circular. Tal como a água, quando parado, estagna e apodrece. E, como sabes, isto não é uma incitação ao despesismo.
O dinheiro gosta de ser valorizado, respeitado, por isso se multiplica quando bem investido, rende muito mais.
Se não queres que te falte o dinheiro, pensa menos nele e dedica-te mais a viver e a servir, dando valor e significado à tua vida. Assim, quando necessitares, não te faltará e chegará até ti de forma adequada: pelo que ganhas, pela generosidade ou pelo reconhecimento dos outros.
Faria sentido vivermos a pensar no dinheiro, em vez de nos ocuparmos das ações?
Quando somos pessoas naturais, a vida cuida de nós, da nossa sobrevivência e bem-estar e para que tenhamos as condições necessárias para prestar o nosso serviço. Pois, somos trabalhadores da empresa divina cujo gestor é exímio e portanto atento, dando condições de trabalho adequadas a todos os que estão ao serviço.
Neste contexto, cito a voz da sabedoria pelas palavras que nos chegam de Jesus, o Cristo:
Através de Mateus (6:24-33):
«Ninguém pode servir a dois senhores; pois ou há de aborrecer a um e amar ao outro, ou há de unir-se a um e desprezar ao outro. Não podeis servir a Deus e às riquezas. Por isso vos digo: Não andeis cuidadosos da vossa vida pelo que haveis de comer ou beber, nem do vosso corpo pelo que haveis de vestir; não é a vida mais que o alimento, e o corpo mais que o vestido? Olhai para as aves do céu, que não semeiam, nem ceifam, nem ajuntam em celeiros, e vosso Pai celestial as alimenta; não valeis vós muito mais do que elas? Qual de vós, por mais ansioso que esteja, pode acrescentar um cúbito à sua estatura? Por que andais ansiosos pelo que haveis de vestir? Considerai como crescem os lírios do campo: eles não trabalham nem fiam, contudo vos digo que nem Salomão em toda a sua glória se vestiu como um deles. Se Deus, pois, assim veste a erva do campo, que hoje existe, e amanhã é lançada no forno, quanto mais a vós, homens de pouca fé? Assim não andeis ansiosos, dizendo: Que havemos de comer? ou: Que havemos de beber? ou: Com que nos havemos de vestir? (Pois os gentios é que procuram todas estas coisas); porque vosso Pai celestial sabe que precisais de todas elas. Mas buscai primeiramente o seu reino e a sua justiça, e todas estas coisas vos serão acrescentadas.»

Através de Lucas (12:20-32):
«Mas Deus disse-lhe: Insensato, esta noite te exigirão a tua alma; e as coisas que ajuntaste, para quem serão? Assim é aquele que entesoura para si, e não é rico para com Deus. Jesus disse a seus discípulos: Portanto vos digo: Não andeis cuidadosos da vida pelo que haveis de comer, nem do corpo pelo que haveis de vestir. Pois a vida é mais que o alimento, e o corpo mais que o vestido. Considerai os corvos, que não semeiam nem ceifam, não têm despensa nem celeiro; contudo Deus os alimenta. Quanto mais valeis vós do que as aves! Qual de vós, por mais ansioso que esteja, pode acrescentar um cúbito à sua estatura? Se, pois, não podeis fazer nem as coisas mínimas, por que estais ansiosos pelas outras? Considerai os lírios, como não trabalham nem fiam; contudo vos digo que nem Salomão em toda a sua glória se vestiu como um deles. Pois se Deus assim veste a erva no campo, que hoje existe, e amanhã é lançada no forno, quanto mais a vós, homens de pouca fé! Não procureis o que haveis de comer ou beber, nem andeis solícitos; porque os homens do mundo é que procuram todas estas coisas; mas vosso Pai sabe que precisais delas. Buscai antes o seu reino, e estas coisas vos serão acrescentadas.”

Jesus deixa-nos o Tratado da verdadeira “economia” = gestão da casa. A gestão da nossa casa é a gestão de tudo aquilo que nos pertence temporariamente, dos recursos que nos foram atribuídos pelo Creador para podermos realizar o trabalho = missão.  
O ser humano “ inventou” que os bens são escassos e, assim, suscitou a competição pela posse dos bens que desencadeia a ganância e a agressividade.
O que Jesus ensinou, relembrando-nos a Lei Maior, é que para os que vivem na naturalidade há abundância, garantida por um Pai do Céu vigilante, generoso e justo. Então, para beneficiarmos dessa abundância sejamos pessoas de fé, “busquemos o reino de Deus” e busquemos “antes”, ou seja, prioritariamente, e “estas coisas vos serão acrescentadas”.


05 maio 2015

Maternidade e paternidade consciente e o impacto na escola

(Escrito por Ana Isabel Freitas em 05.05.2015)
A grande questão: o que é ser boa mãe/bom pai?
Comecemos pelo exemplo dos mais novos: os filhos. Todos os filhos se esforçam, e muito, por amar os seus pais. Regra geral, os filhos amam os seus pais de uma forma mais incondicional, em crianças, do que virão a amar mais tarde, quer os pais, quer as outras pessoas.
As crianças aceitam com mais naturalidade os defeitos, as falhas e as limitações dos seus pais, revelando até, por vezes, uma certa “cegueira” em relação a essas imperfeições ou tendência para subvalorizar. Não ver para não sofrer, não ver para continuar a amar e a inspirar amor.
Na verdade, este amor da criança pelos pais ainda não é o verdadeiro amor, porque carece de consciência. É uma mescla de necessidade, de dependência, na luta pela sobrevivência que forja afetos com maior ou menor fundamento ou motivação real.
No entanto, esse investimento da criança, em cultivar o amor pelos pais e em inspirá-los a amá-la, cumpre a sua função: favorecer a manutenção do vínculo afectivo forte e apelar para o sentido de responsabilidade que assegure a função da parentalidade.
Do outro lado, a mãe e o pai, com a chegada da criança, instintivamente, pelo menos, despertam a vontade de amá-la e de cuidá-la. Contudo, a força deste instinto tem-se perdido com o aumento do egocentrismo típico de uma sociedade em que cada indivíduo é antes de mais um consumidor voraz e um buscador ávido de prazeres materiais e fáceis.
Na ausência de valores éticos e na vigência de uma moralidade cada vez mais falsa, desvirtuada e decrépita, pais egocêntricos capitulam enquanto pais e votam as suas crianças ao abandono. As crianças são “depositadas” nas escolas, onde os professores e o pessoal auxiliar as cuidam como podem. Chegam famintas de tudo: de alimento e de afeto. Chegam cheias do que não interessa: maus hábitos; agressividade e desconfiança.
A escola, em termos organizacionais é, em geral, profundamente inadaptada às necessidades e ao funcionamento das crianças da nossa era, mesmo que estas chegassem à escola nas devidas condições, ou seja, amadas e educadas pelos seus pais.
Eis como a parentalidade (maternidade/paternidade) e a escola se tornaram “locus horrendus” na nossa sociedade.
E como se não bastasse, ainda nos deparamos com uma cidadania inconsciente, não participativa nem responsável forjando governos corruptos e incompetentes que depauperam o erário público e endividam o Estado de modo desproporcional à pouca riqueza que geram, legando às gerações vindouras uma dívida totalmente injusta por ser anterior à sua chegada e não os favorecer no seu crescimento e desenvolvimento.
Que futuro preparamos para a Humanidade?
Voltando aos pais, que são o alvo primeiro desta reflexão que partilho, o seu compromisso com a criança também não se cumpre, quando não investem no seu próprio desenvolvimento e no seu crescimento pessoal.
O maior tesouro que podemos legar aos filhos é não sobrecarregá-los com os nossos defeitos, limitações e falhas. É nossa responsabilidade não onerar a vida dos nossos filhos com tudo o que, por inconsciência, indisciplina, preguiça e orgulho, nos recusamos a trabalhar em nós.
Como espelhos que são, pela sua pureza original, e como “macaquinhos de imitação”, seres que essencialmente aprendem pelo exemplo, os nossos filhos, desde muito cedo, manifestarão a “marca” dos pais que têm.
Se as nossas crianças são rebeldes, malcriadas, indisciplinadas, agressivas e tudo o mais que não se quer, é porque os seus pais não estão a trabalhar como deviam, nem em si mesmos, nem com os filhos.
E porque me dei ao direito de tocar em tantas feridas da nossa sociedade, quero contribuir para tratá-las como é justo e devido.
Que a minha visão crítica seja inteiramente construtiva e que os que me lêem, mais não seja pelo amor aos seus filhos e às crianças da Terra, saibam calar o demónio do ego que já os atenta com invectivas sobre mim e possam começar, calando o ego, a cuidar do seu crescimento.
Aos pais, aconselho a observaram e reflectirem sobre o que não gostam nos seus filhos, para saberem o que está mal em si mesmos, devendo abster-se de culpabilizar o outro progenitor. Pois, ainda que num particular a criança se assemelhe mais a um do que a outro, continua a ser filha de ambos que se escolheram ou aceitaram como parceiros no projecto “não divorciável” que é a criança.
No projecto “criança”, os pais obrigaram-se “para todo o sempre” a cooperar. Quando os egos dos pais estão em luta, as crianças ficam esquecidas. O progenitor que as ama, poupa-as, ainda que à custa de sacrifício que considere justificado.
Podemos ser bons pais, ainda que seres imperfeitos. Mas não podemos ser bons pais, se não tivermos aspiração à perfeição.
Sobre a transformação da educação e da escola, o que proponho?
Quando os pais forem conscientes, exigirão escolas diferentes e cooperarão para que as escolas democráticas e humanistas (1) sejam realidade.
Enquanto as escolas tardam em mudar, sejam vocês, os pais, a fazer a ponte, ajudando os vossos filhos a suportar o “peso” da escola e a relativizar todos os falsos conceitos e as orientações prejudiciais que a escola lhes dê. Sempre que possível, dialoguem com os professores (2).
Aos professores e aos pais, recomendo que estejam atentos ao que se está a passar mesmo na vossa vizinhança. Novos projectos querem vingar, sementes trazidas por ventos de mudança.
Agora é o momento para saber quem quer a mudança verdadeiramente, pois aqueles que querem a transformação das escolas não ficarão de braços cruzados nem deixarão o combóio passar.
Deixo o link da Rede Educação Viva ( http://www.educacaoviva.pt/ ) para aqueles que já compreenderam que as coisas importantes não aparecem nos noticiários da televisão nem mesmo na maior parte dos jornais. É preciso estar atento e aberto à mudança. Se assim for, a informação chegará.
Que uma nova consciência desperte nos pais e nos professores e que a missão de educar volte a ter a nobreza que nunca devia ter deixado de ter!


(1)  – Nas escolas democráticas, todos são envolvidos nas decisões de organização e gestão da escola. As escolas humanistas respeitam a forma natural de desenvolvimento e de aprendizagem do ser humano, formando seres autênticos, felizes e com capacidade de realização pessoal.

(2)  – Precisamente enquanto escrevia este texto, uma aluna pedia conselho sobre como orientar o filho cujas notas de matemática haviam descido devido à manifesta excessiva exigência do programa. O meu conselho não agradaria a alguns professores, mas pode ter feito uma criança mais feliz e ajudado a salvaguardar o seu futuro.


27 março 2015

Porque sofre o ser humano?

(Escrito por Ana Isabel Freitas, em 11.08.2013 revisto a 27.03.2015)

O sofrimento é endémico da Humanidade, pois a busca desenfreada do prazer só pode ser detida pela aplicação implacável da dor.
A obstinação do ego só pode ser vencida pelo cansaço das derrotas consecutivas e da profunda frustração.
Quando o ser humano não tem recursos para se valer, devia disparar o mecanismo de salvaguarda fazendo-o dirigir-se aos seus irmãos terapeutas e curadores, contudo o demónio do ego (não estou maluco!), do orgulho (não preciso de ajuda!), da mente (isso não vai resultar!) manifesta-se com falinhas mansas de falso amigo e desvia a pessoa em risco do tão necessário auxílio.
Assim, a escolha é sofrer, muitas vezes em silêncio, mantendo-se a recusa de recorrer a métodos e técnicas que se desconhecem e receiam e os quais não se procura investigar.
Aos que se apercebem do sofrimento de outro ser humano em isolamento, não resta outra coisa que não seja observar imóvel e imperturbável esse sofrimento de quem, necessitando de ajuda, não a aceita.
A fera do ego e do medo só pode ser eficazmente enfrentada pela confiança e paciência imperturbáveis de quem está com a verdade. Se estás com a verdade, não podes desassossegar-te. A paciência infinita, a longanimidade, é o dom dos mestres ascensos e das almas iluminadas, porque só ela atesta a fé que não vacila.
Um dia, aquele que deambula perdido na escuridão cansa-se e vencido busca a luz que brilha em todos os que vivem a fé. Esse é o momento, em que o auxílio pode ser prestado, quando o coração se abre e se torna receptivo.
A energia de cura é a energia do amor e o amor não pode ser imposto, pelo que o toque de cura também não.

01 janeiro 2015

Atitude para receber e viver o ano 2015

(Mensagem por inspiração do Mestre Mahavatar Babaji recebida a 28.11.2014 por Ana Isabel Freitas)

Novo ano, nova oportunidade, presente divino!
Acolhei com esperança a bênção do novo ano!
Este ano é para ser vivido sob o signo do Amor. Tal como este Natal, que é a preparação do ano novo.
Aqueles que se abrirem à Luz e ao Amor, poderão concretizar feitos maravilhosos. Tudo aquilo que fizerdes por ambição egoísta, só aumentará o vosso karma negativo, o apego à matéria, a ilusão e o sofrimento.
Mais importante que os muitos objectivos que queirais concretizar em 2015, é a atitude com que começais o ano e o vivais. Alegria, esperança, gratidão, entrega, solidariedade, fraternidade, amor por tudo e por todos, oração e meditação.
Não hesiteis em retirar tempo do vosso trabalho e das tarefas domésticas para orar e para contemplar. Anjos e fadas vos auxiliarão e a Luz será convosco em permanência.
Durante todo o tempo, olhai mais para dentro do que para fora, olhai mais para como estais e menos para o caos do mundo.
Não participeis na euforia de comentários sobre o negativo, não vos contamineis com esse veneno.
Cultivai o amor e a paz no lar e na comunidade.
O lar tem de estar limpo e luminoso, caloroso e aconchegante, sempre, em continuidade! Com determinação, resolvei as discussões domésticas e ponde fim ao mau humor. Se a Luz brilhar em cada lar, vede como a Terra será um luzeiro!
No teu trabalho, sê positivo, discreto, sereno, responsável e eficaz. Não julgues, não critiques, defende-te mas não te ofendas. Não te sobrecarregues com problemas que não sejam teus, não cedas á tentação de ser justiceiro, nem sejas mediador se essa função não for tua, pois deves saber resguardar-te: descrição é um imperativo.
Na comunidade, está aberto, está atento e disponível para auxiliar o próximo, aliviar o sofrimento e levar a luz a todos os que se abram à colaboração. Deixa ficar, ouve-Me, deixa ficar aqueles que não acolham a tua presença, vai-te sem ofensa que o seu destino escolhem eles e não te cabe julgar.
Nas tuas orações, é o momento de pedires pelas almas desorientadas, fá-lo colectivamente, pede por todas as almas nessas circunstâncias e podes nomear as almas daqueles que não te aceitam, criticam ou ofendem. Não peças por eles isoladamente, mas colectivamente, para que a sua negatividade não te afete.
O ano 2015 é um ano de conclusões. As energias andarão perturbadas, daí a necessidade de resguardo e serenidade.
Para todos os que viverem 2015 em amor e oração, bênçãos enormes virão nos anos vindouros.
Este é o ano da oração, por excelência. É o ano de abrir o coração ao Alto e de deixar fluir o amor intenso e puro.
Se vos posso recomendar algo acima de tudo é que estejais positivos e em oração! Ponde tudo o que puderdes de lado, para orar e incentivar os outros a orar. Este é o momento e o momento não retornará.
Se confiares, o Céu abrir-se-á para ti. Nada temerás e nada te faltará!
Bhole Baba!

Eu Sou! O Pai é convosco!