(Mensagem por
inspiração de Mahavatar Babaji recebida a 10.04.2014 por Ana Isabel Freitas)
O
Mestre não fala, inspira. O Mestre não explica, mostra, ilumina o caminho do
conhecimento.
O
Mestre não pensa e não sente, Ele é. A Sua inspiração acontece quando nos
elevamos até onde já O podemos sentir. Sentamo-nos ao Seu colo e ouvimos,
vemos, sentimos o Universo a pulsar. Da morada do Mestre, Ele avista o Divino,
e nós, através dos Seus olhos imateriais e da Sua comunicação sem palavras,
captamos a descrição d`Aquele que o Mestre conhece.
Vibrando
numa frequência mais elevada, começamos a absorver a Sua infinita, eterna,
perfeita harmonia. A afinação que fazemos, sentados nos joelhos do Mestre e a
visão que ampliamos é o que nos vai inspirar na Vida do Mundo. Regressamos
seres diferentes, temperados pelos vislumbres da verdade, purificados na alma,
na mente e no corpo que, na viagem, se libertaram mais das amarras ilusórias e
do flagelo da diferenciação e da identificação com o mundo fenomenal.
Ao
Avataras ou Buddhas são Seres de Compaixão que, podendo fundir-se com o Divino
e não mais voltar, se mantiveram no umbral da Porta para facilitar o caminho
das almas em ascensão. Por vezes, um Avatara/Buddha toma um corpo humano onde
apenas parte da sua essência pode caber e manifestar-se, pode tomar vários
corpos em simultâneo, e traz o Divino ao plano terreno para abrir o caminho de
ascensão para muitas mais almas, até então, errantes e desorientadas, demasiado
enredadas para se libertarem.
Os
Avataras escutam os apelos das almas que não pedem só pela sua libertação, mas
pedem muito pela libertação dos seus irmãos. É a compaixão humana que, por
sintonia, atrai a presença mais próxima do Buddha de Compaixão.
Por
isso, irmão na Terra, faz o teu caminho de ascensão, mas não te isoles e
continua consciente dos apelos abertos ou velados das almas tuas companheiras
que ainda são pouco afortunadas. Não te cabe a ti fazer mais do que podes por
elas. Porém, leva contigo o seu grito de socorro e coloca-o aos pés do Mestre.
Na
Terra, sempre que invocares o Mestre para que possas ajudar uma alma em
sofrimento, Ele manifestar-se-á em apoio da tua ação. Não é por ti que deves
pedir. Se crês no Creador, sabes que vela por ti constantemente. Podes pedir
forças e iluminação para melhorares o teu trabalho, apenas isso. Tudo o mais
vem por acréscimo do trabalho que fazes ao serviço do Divino.
Quando
observares os teus irmãos caídos, não os critiques, pede luz para eles e o teu
pedido valerá por infinitas orações que eles próprios façam. A chave da
libertação de cada alma é depositada nas mãos da alma-irmã, para que quando uma
alma se feche em desespero e descrença, outra a possa socorrer. Depois, o
caminho é responsabilidade da alma liberta.
Deus
creou cada creatura à sua imagem e semelhança, livre para autodeterminar o seu
caminho. Porém, tal como Ele é indissociável das Suas creaturas, elas também
são indissociáveis entre si. O caminho de cada uma delas só se faz em
colaboração com as outras. Não vale a pena querer chegar primeiro, pois é
preciso libertar o último para que o primeiro e os outros avancem.
O
caminho é sempre o da colaboração. O caminho exige paciência e compaixão.
Trabalha essas virtudes, irmão, para podermos regressar todos e, ainda hoje,
cear à mesa do Pai.
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