21 fevereiro 2014

O Tempo Divino... Esse tempo

(Texto de Ana Isabel Freitas)

O tempo divino é o tempo eterno, o tempo sem tempo… É estar, ser, fluir sem ontem e sem amanhã, no pleno contentamento de ser, da consciência de ser, de observar, de sentir, de se dar e de se abrir em plena confiança e naturalidade.
O tempo divino é de desconstrução e de espontaneidade. Esse tempo não admite “ter”, apenas “ser”, por isso não há peso. É leveza e movimento harmonioso, puro gozo.
Quando deslizo para esse tempo tão diferente e também algo familiar, há um sorriso que se instala p’ra ficar…
E quão doce é esse tempo! Produz-se o encantamento pela duração do momento que, em mim, esse tempo durar.
Esse tempo é, também, beatitude e contemplação. O Ser abre-se em flor, nesse tempo, em que mergulha e se funde. Em total receptividade, testemunha a glória da Creação (1) e, nela, participa sem ação nem omissão.
Esse tempo é puro alimento que vivifica o Ser e o mantém desperto e atuante no instante em que esse tempo acontecer.
No tempo divino, o ser é brilhante, pura Vida, una e mutante na alegria do acontecer.
O tempo eterno é o sentimento de “ser”, sem pensamento e sem vontade, sem origem e sem fim. O tempo eterno existe em mim, no Eu Sou esse tempo assim.
O tempo divino acontece quando o Eu Sou se redescobre e se liberta do pó que o encobre no tempo em que anda esquecido de Si.
Caminhando com crescente naturalidade, não podes senão reencontrar o tempo em que hás-de ficar, esquecido da tua individualidade, de regresso à única identidade que sempre tiveste: Divina!

(1)  – Creação – com esta grafia refere-se ao ato do Princípio Creador.

2 comentários:

  1. Divinal! Parabéns por mais esta bela inspiração!
    Obrigada pela partilha de textos, como este, que nos fazem refletir! :)

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  2. A reflexão com luz eleva-nos! Boas reflexões! Obrigada :)

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