(Texto de Ana Isabel
Freitas)
O
tempo divino é o tempo eterno, o tempo sem tempo… É estar, ser, fluir sem ontem
e sem amanhã, no pleno contentamento de ser, da consciência de ser, de
observar, de sentir, de se dar e de se abrir em plena confiança e naturalidade.
O
tempo divino é de desconstrução e de espontaneidade. Esse tempo não admite “ter”,
apenas “ser”, por isso não há peso. É leveza e movimento harmonioso, puro gozo.
Quando
deslizo para esse tempo tão diferente e também algo familiar, há um sorriso que
se instala p’ra ficar…
E
quão doce é esse tempo! Produz-se o encantamento pela duração do momento que,
em mim, esse tempo durar.
Esse
tempo é, também, beatitude e contemplação. O Ser abre-se em flor, nesse tempo,
em que mergulha e se funde. Em total receptividade, testemunha a glória da Creação
(1) e, nela, participa sem ação nem omissão.
Esse
tempo é puro alimento que vivifica o Ser e o mantém desperto e atuante no
instante em que esse tempo acontecer.
No
tempo divino, o ser é brilhante, pura Vida, una e mutante na alegria do
acontecer.
O
tempo eterno é o sentimento de “ser”, sem pensamento e sem vontade, sem origem
e sem fim. O tempo eterno existe em mim, no Eu Sou esse tempo assim.
O
tempo divino acontece quando o Eu Sou se redescobre e se liberta do pó que o
encobre no tempo em que anda esquecido de Si.
Caminhando
com crescente naturalidade, não podes senão reencontrar o tempo em que hás-de
ficar, esquecido da tua individualidade, de regresso à única identidade que
sempre tiveste: Divina!
(1) – Creação – com esta grafia refere-se
ao ato do Princípio Creador.
Divinal! Parabéns por mais esta bela inspiração!
ResponderEliminarObrigada pela partilha de textos, como este, que nos fazem refletir! :)
A reflexão com luz eleva-nos! Boas reflexões! Obrigada :)
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