14 março 2014

Porquê orar?

(Texto escrito por Ana Isabel Freitas com a inspiração de Mahavatar Babaji a 11.03.2014)

Quando pensamos e desejamos orar, é um sinal positivo de discernimento.
Aquele que quer orar compreende que tem desafios difíceis os quais não pode superar sozinho. Compreende que a ajuda dos seus irmãos, ainda que útil, por vezes não é suficiente e que tem de contar também com a ajuda de “algo que o transcende”.
Orar traduz a fé na existência de algo que nos transcende, que é superior e poderoso e tem influência sobre o decurso da nossa vida. Assim, aquele que ora trabalha a capacidade de acreditar sem ver, de partilhar os problemas e as dores e de ligar-se ao Divino.
Aquele que ora sai do seu isolamento para pedir ajuda. Reconhece a necessidade de ajuda e pede-a. Este é um exercício de humildade e de persistência, não desistir.
Aquele que ora quer resolver as suas questões pendentes. Pode até nem saber como, mas está decidido a andar para a frente, procurando ativamente solucionar os problemas.
Aquele que ora pára e reflecte. Para orar, é necessário parar com todas as outras actividades e dedicar algum tempo a concentrar-se na oração. É necessário ser capaz de sair da rotina, aprender a parar e a aquietar-se e estimular em si mesmo a concentração.
A oração é uma excelente iniciação à meditação!
A pessoa que foge à oração, que não se sente inclinada a orar, dificilmente vai meditar.
Aquela que ora, pode não orar da forma mais tradicional, mas busca a ligação com o Divino e a Sua reconfortante presença.
Sem a busca do Divino e a vontade de união com o Todo, a meditação não tem propósito, pois essa união é, em si mesma, o propósito daquele que medita.
A meditação tem determinados pré-requisitos (condições a assegurar previamente):
·         Vontade e predisposição para ligar-se ao Divino (orar é uma forma de fazê-lo);
·         Remover os bloqueios do corpo, da mente, da alma.
Consequentemente, quando a pessoa começa a purificar o corpo e a mente, fica predisposta a interessar-se pela oração.
Ao remover os bloqueios do corpo e da mente, ao reduzir a tensão, os processos intuitivos tornam-se mais forte e claros, a sensibilidade às realidades subtis aumenta e, assim, o sistema corpo/mente estando mais estável, fica capaz da aventura que é “parar”: relaxar mantendo-se consciente e sentir o silêncio interior. É neste belo silêncio que a verdadeira oração acontece, a comunhão com o Divino que está sempre presente em todos os seres.
Acreditamos que há “algo superior” porque sentimos. Essa ideia vem da nossa própria experiência quando paramos, relaxamos e refletimos.
Por isso mesmo, aqueles que não têm fé precisam ainda mais de parar, relaxar e reflectir. A fé será uma consequência natural. Ninguém precisa forçar a fé, é assim que ela acontece… com naturalidade, um movimento espontâneo do Ser humano quando no seu estado natural.
A oração reflete uma atitude e é um comportamento natural daquele que está “no caminho”. Digamos que é uma marca do peregrino, do caminhante para Deus.
E, ao longo do caminho, o caminhante irá aprender a orar de formas diferentes, pois a forma como conversa, pede orientação e protecção ao Divino, vai evoluindo.
Reflita sobre aquilo que leu! É o nosso convite. E, se compreendeu que tinha algum preconceito sobre a oração, tem agora a oportunidade de libertar-se dele e de ganhar uma fantástica ferramenta para o seu desenvolvimento como ser humano: a oração.


Nota: Em breve, publicaremos no blog algumas orações!

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