(Texto escrito por Ana
Isabel Freitas com a inspiração de Mahavatar Babaji a 11.03.2014)
Quando
pensamos e desejamos orar, é um sinal positivo de discernimento.
Aquele
que quer orar compreende que tem desafios difíceis os quais não pode superar
sozinho. Compreende que a ajuda dos seus irmãos, ainda que útil, por vezes não
é suficiente e que tem de contar também com a ajuda de “algo que o transcende”.
Orar
traduz a fé na existência de algo que nos transcende, que é superior e poderoso
e tem influência sobre o decurso da nossa vida. Assim, aquele que ora trabalha
a capacidade de acreditar sem ver, de partilhar os problemas e as dores e de
ligar-se ao Divino.
Aquele
que ora sai do seu isolamento para pedir ajuda. Reconhece a necessidade de ajuda
e pede-a. Este é um exercício de humildade e de persistência, não desistir.
Aquele
que ora quer resolver as suas questões pendentes. Pode até nem saber como, mas
está decidido a andar para a frente, procurando ativamente solucionar os
problemas.
Aquele
que ora pára e reflecte. Para orar, é necessário parar com todas as outras
actividades e dedicar algum tempo a concentrar-se na oração. É necessário ser capaz
de sair da rotina, aprender a parar e a aquietar-se e estimular em si mesmo a
concentração.
A
oração é uma excelente iniciação à meditação!
A
pessoa que foge à oração, que não se sente inclinada a orar, dificilmente vai
meditar.
Aquela
que ora, pode não orar da forma mais tradicional, mas busca a ligação com o
Divino e a Sua reconfortante presença.
Sem
a busca do Divino e a vontade de união com o Todo, a meditação não tem
propósito, pois essa união é, em si mesma, o propósito daquele que medita.
A
meditação tem determinados pré-requisitos (condições a assegurar previamente):
·
Vontade
e predisposição para ligar-se ao Divino (orar é uma forma de fazê-lo);
·
Remover
os bloqueios do corpo, da mente, da alma.
Consequentemente,
quando a pessoa começa a purificar o corpo e a mente, fica predisposta a
interessar-se pela oração.
Ao
remover os bloqueios do corpo e da mente, ao reduzir a tensão, os processos
intuitivos tornam-se mais forte e claros, a sensibilidade às realidades subtis
aumenta e, assim, o sistema corpo/mente estando mais estável, fica capaz da
aventura que é “parar”: relaxar mantendo-se consciente e sentir o silêncio
interior. É neste belo silêncio que a verdadeira oração acontece, a comunhão
com o Divino que está sempre presente em todos os seres.
Acreditamos
que há “algo superior” porque sentimos. Essa ideia vem da nossa própria
experiência quando paramos, relaxamos e refletimos.
Por
isso mesmo, aqueles que não têm fé precisam ainda mais de parar, relaxar e
reflectir. A fé será uma consequência natural. Ninguém precisa forçar a fé, é
assim que ela acontece… com naturalidade, um movimento espontâneo do Ser humano
quando no seu estado natural.
A
oração reflete uma atitude e é um comportamento natural daquele que está “no
caminho”. Digamos que é uma marca do peregrino, do caminhante para Deus.
E,
ao longo do caminho, o caminhante irá aprender a orar de formas diferentes,
pois a forma como conversa, pede orientação e protecção ao Divino, vai
evoluindo.
Reflita
sobre aquilo que leu! É o nosso convite. E, se compreendeu que tinha algum
preconceito sobre a oração, tem agora a oportunidade de libertar-se dele e de
ganhar uma fantástica ferramenta para o seu desenvolvimento como ser humano: a oração.
Nota:
Em breve, publicaremos no blog algumas orações!
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